quinta-feira, 16 de julho de 2009

Químico industrial



O químico industrial, ou químico com atribuições tecnológicas, aplica princípios e métodos químicos aos processos industriais. Nas fábricas, ele tem um série de atividades. Além de desenvolver novos produtos, faz o controle de qualidade, elabora projetos de processamento, coordena a operação e a manutenção de equipamentos, além do tratamento dos resíduos industriais, para evitar danos ao meio ambiente.
Em virtude da atual tendência à redução de pessoal nas empresas, é comum que um mesmo profissional esteja envolvido não só com desenvolvimento e pesquisa, mas também com a comercialização do produto, da definição da embalagem à venda. "No nosso ramo, na hora de fazer negócio é mais fácil trabalhar com quem entende de química, porque a linguagem empregada é muito específica", diz Isaac Plachta, da Associação Brasileira da Indústria Química. Quem optar por essa profissão precisa saber que vai disputar vagas com os engenheiros químicos, que igualmente atuam na área.

John Dalton



Nasceu em Eaglesfield, Inglaterra, em 1766. Filho de família pobre, dedicou toda a sus vida ao ensino e à pesquisa. Com apenas 12 anos, começou a lecionar matemática na Quaker's School, em sua cidade natal.

Em 1793, estabeleceu-se definitivamente na cidade de Manchester, Inglaterra, onde lecionou matemática, Física, Química e Meteorologia.

Em 1794, após numerosas observações, Dalton descreveu uma anomalia congênita da visão, que se caracteriza pelo fato de uma pessoa não distinguir corretamente entre as cores vermelha e verde. Tal deficiência, que o próprio Dalton portava, passou a ser conhecida como daltonismo.

Estudando o comportamento dos gases e a dissolução de gases em líquidos, ele concluiu, em 1803, uma lei muito importante que diz "a pressão total em uma mistura de gases é igual a soma das pressões parciais dos gases que a constituem".

Investigando a composição de diferentes óxidos de nitrogênio, Dalton estabeleceu a chamada Lei de Dalton, também conhecida como Lei das Proporções Múltiplas que diz: "Quando dois elementos químicos formam vários compostos, fixando-se a massa de um dos elementos, as massas do outro elemento variam numa proporção de números inteiros e pequenos.". Note-se que essa lei foi estabelecida experimentalmente, a partir da pesagem dos elementos formadores do composto, pois naquela época ainda não eram conhecidas as fórmulas dos compostos químicos.

Entre 1803 e 1804, ele estabeleceu as bases da teoria atômica, que foram detalhadas, em 1808, Novo sistema de filosofia química.

Dalton faleceu, em Manchester, em 1844

Copernicium

O novo elemento químico descoberto por pesquisadores alemães e representado pelo número 112 poderá ser batizado de "Copernicium", em homenagem ao cientista e astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543) - famoso por ter desenvolvido a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. A proposta foi feita pelo Centro de Investigação de Íons Pesados (GSI), na localidade alemã de Darmstadt, responsável por encontrar o elemento 112 da tabela periódica.

O chefe da equipe, Sigurd Hofmann, disse que a ideia é homenagear um "cientista extraordinário, que mudou a visão do mundo". Copérnico é considerado o pai da astronomia moderna por ter sido o primeiro a afirmar que os planetas giram sobre si mesmos e em torno do Sol.

O elemento 112 (que é a quantidade de prótons do núcleo), o mais pesado da tabela periódica - 277 vezes mais que o hidrogênio -, foi descoberto há dois anos pelos especialistas do GSI e há algumas semanas o achado foi oficialmente confirmado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac). Ele é super-pesado e altamente instável, existindo por apenas alguns milionésimos de segundo e depois de desfaz.

O 112 havia recebido temporariamente o nome de "ununbium" (ou unúmbio, que em latim quer dizer 112). O título "copernicium" tem um prazo de seis meses para ser aprovado, período proposto para que a comunidade científica debata sobre a denominação.

Menor gota de ácido possível


A menor gota de ácido possível de ser produzida e as reações químicas no meio interestelar. O que têm a ver entre si coisas aparentemente tão díspares que bem poderiam ser o título de uma tese concorrente ao prêmio Ig Nobel?

Têm tudo a ver, segundo os pesquisadores alemães Martina Havenith e Dominik Marx. Eles e seus respectivos grupos de pesquisa sintetizaram a menor molécula de ácido possível, formada por exatamente quatro moléculas de água e uma molécula de cloreto de hidrogênio.

Hélio suprafluido

Os pesquisadores fizeram seu experimento em temperaturas próximas ao zero absoluto, utilizando um espectroscópio a laser infravermelho para monitorar as moléculas. Segundo seus cálculos teóricos, feitos antes do experimento, a reação química nas temperaturas criogênicas utilizadas somente poderia ocorrer se as moléculas fossem se agregando em série, uma após a outra.

Para testar a teoria, eles usaram nanogotas de hélio suprafluido, numa temperatura de -272,8 °C, como uma espécie de armadilha, onde foram enfiando as moléculas de água e cloreto de hidrogênio, uma a uma.

O estado suprafluido é uma propriedade especial do hélio que implica que as moléculas que se incorporam nele continuarão livres para se movimentar antes de serem congeladas, o que permite seu monitoramento com enorme precisão.

O resultado do experimento foi a menor molécula de ácido possível de ser formada, com quatro H2O e uma HCl, formando o (H3O)+(H2O)3Cl-.

Reações induzidas por agregação

Mas, se a ativação de todas as reações químicas exige uma injeção de energia, como é que essas moléculas podem reagir em temperaturas tão baixas, muito próximas ao zero absoluto?

Segundo os pesquisadores, isso só é possível por meio de um processo de agregação sucessivo, ou seja, a coisa só funciona se as moléculas forem inseridas uma após a outra.

"Nós suspeitamos que essas reações induzidas por agregação podem explicar as transformações químicas em condições ultrafrias, como as que existem nas minúsculas partículas de gelo nas nuvens e no ambiente interestelar," explica o Dr. Marx.

Química na poeira das estrelas

E faz-se então a conexão entre a menor molécula de ácido possível e a química, cujo processo agora se demonstrou, pode ocorrer normalmente no congelado meio interestelar, o que abre novas perspectivas de explicação para compostos químicos detectados em pontos do Universo sem que se saiba sua origem.

Até agora, todos esses compostos encontrados no meio interestelar tendiam a ser explicados como "migrantes", vindos de corpos celestes distantes ou simplesmente remanescentes que corpos que foram destruídos há milhões ou bilhões de anos.

A experiência demonstrou aquela que pode ser uma dentre uma grande coleção de reações possíveis, formando uma rica química que pode ocorrer no meio interestelar, fornecendo uma nova ferramenta para os astrofísicos e para todos os estudiosos que procuram rotas para a formação daquilo que conhecemos como as moléculas básicas da vida.

sábado, 11 de julho de 2009

Sono e saúde





Uma pesquisa britânica sugere que a falta de sono aumenta mais o risco de doenças cardíacas em mulheres do que em homens.

Dormir menos do que oito horas por noite já foi relacionado a um aumento dos riscos de problemas do coração.

Mas agora os pesquisadores do University College, de Londres, e da Universidade de Warwick descobriram que os níveis de marcadores inflamatórios, indicadores de doença cardíaca, variam de forma significativa de acordo com a duração do sono em mulheres, mas não em homens.

A pesquisadora Michelle Miller, da Universidade de Warwick, afirmou que a descoberta é mais uma prova que sugere que a duração do sono tem um papel importante na saúde do coração.

"Os resultados também são consistentes com a ideia de que dormir sete ou oito horas por noite parece ser o mais adequado para a saúde", afirmou.

Pesquisas anteriores sugeriram que pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm maior risco de morrer devido a doença cardiovascular, comparadas com aquelas que dormem oito horas por noite.

Moléculas

O estudo, publicado na revista especializada Sleep, se baseou em informações de mais de 4,6 mil funcionários públicos de Londres com idades entre 35 e 55 anos. Destes, 73% eram homens.

A pesquisa descobriu que os níveis de uma molécula chamada interleucina-6 (IL-6), que é conhecida por desencadear inflamações, foram bem mais baixos em mulheres que dormiam oito horas, comparado com aquelas que dormiam menos de sete horas.

Os níveis de outra molécula, a proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-CRP), que está ligada a problemas cardíacos, foram mais altos em mulheres que dormiam por cinco horas ou menos.

Michelle Miller acrescentou que são necessárias mais pesquisas para descobrir exatamente a razão de a falta de sono ter, potencialmente, mais efeitos negativos em mulheres.

No entanto, a pesquisadora informou que as diferenças em níveis hormonais podem ser a chave para esta descoberta. Existem trabalhos que sugerem que os níveis dos marcadores inflamatórios são diferentes em mulheres antes e depois da menopausa.

Janet Mullington, da Harvard Medical School, afirmou que ainda existem muitas perguntas sem respostas a respeito dos efeitos da falta de sono.

Ela disse que é possível que a mudança nos níveis dos marcadores inflamatórios observada em experiências que envolvem falta de sono fossem apenas reflexos a médio prazo da batalha contra a sonolência. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte Estadão.

Molécula encontrada na Ilha de Páscoa aumenta a longevidade de cobaias



Uma molécula encontrada na Ilha de Páscoa (Chile) prolonga assombrosamente a vida de ratos, permitindo que alguns deles vivam mais de 100 anos do equivalente à vida dos seres humanos, anunciaram cientistas nesta quarta-feira.

Esta extraordinária molécula - um produto derivado de uma bactéria descoberta em mostra encontrada neste remoto arquipélago do Oceano Pacífico nos anos 70, chama-se rapamicina, em homenagem ao nome polinésio destas Ilhas: Rapa Nui.

A rapamicina surgiu, inicialmente, como um excelente produto para o combate a fungos.

Depois foi utilizada para prevenir a rejeição a transplantes de órgãos e, mais tarde, foi incorporada em implantes utilizados para manter abertas as artérias de pacientes com problemas coronarianos. Atualmente é utilizada, também, em testes clínicos para o tratamento contra o câncer.

A última descoberta desta extraordinária odisseia é a possibilidade de que a rapamicina - ou algo semelhante - possa ser utilizada algum dia para aumentar consideravelmente a expectativa de vida dos seres humanos.

"Trabalho há 35 anos em pesquisas sobre o envelhecimento e, durante esse tempo, as intervenções nunca tiveram sucesso", disse Arlan Richardson, diretor do Instituto Barshop, um dos três centros que se somaram aos experimentos com a droga.

"Nunca pensei que pudéssemos encontrar algum dia uma pílula contra o envelhecimento humano. A rapamicina tem um grande potencial para tornar isso uma realidade", acrescentou.

Durante o estudo, os cientistas intrigados com as sugestões de que a rapamicina inibiria uma enzima vinculada ao envelhecimento nos invertebrados, decidiram acrescentar a droga na dieta de ratos mais velhos.

Nessa época, os roedores tinham 20 meses o que, em termos humanos, equivale a 60 anos.

As cobaias fêmeas que ingeriram alimentos com rapamicina viviam 13% a mais que a média, em comparação com as que não recebiam a substância. Os machos que absorviam esta droga viviam 9% a mais.

A mudança era mais assombrosa entre 10% das cobaias que viviam mais tempo. Neste grupo, as fêmeas que consumiam rapamicina viviam 38% a mais e os machos, 28% a mais.

A rapamicina também se mostrou eficaz para retardar processos de envelhecimento ou a aparição do câncer, mas não tem nenhuma influência no processo de morte, segundo o estudo.

O projeto, detalhado na revista científica britânico Nature, faz parte de um programa de testes realizado sob a supervisão do Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos, dedicado a buscar drogas que ajudem as pessoas a permanecerem saudáveis e ativas durante toda sua vida.

Anteriormente foram feitos estudos sobre o impacto da rapamicina na longevidade de vermes e moscas. Este é o primeiro estudo sobre a sua influência sobre os mamíferos.

Os cientistas já havia descoberto que mantendo os ratos mais delgados, restringindo sua dieta, poderiam fazer com que vivessem mais tempo. A teoria relativa à rapamicina é que funciona com os mesmos mecanismos moleculares que a diminuição de calorias.

No entanto, num comentário também publicado na Nature, Matt Kaeberlein e Brian Kennedy, dois bioquímicos da Universidade de Washington, advertem as pessoas de meia idade para não se apressarem a ingerir a rapamicina, porque esta droga suprime o sistema imunológico.


Fonte aqui.

Vitamina D

A relação da vitamina com o Sol: as partículas de colesterol presentes nos alimentos que ingerimos são usadas para fabricar o composto 7- dehidrocolesterol, uma vez presente em nosso organismo este composto se desloca para a camada externa de nossa pele (a epiderme). Ao recebermos a radiação solar, mais precisamente os raios ultravioletas do tipo B (UVB) que penetram na pele, a molécula de 7- dehidrocolesterol passa por várias transformações químicas e dá origem à vitamina D.

Fim do Sol






O sol gera luz e calor por fusão nuclear. Ela se inicia pela combinação entre átomos de Hidrogênio para criar Hélio e emitir energia na forma de iluminação e aquecimento. Porém, segundo os estudiosos, vai chegar um momento em que o gás Hélio será dominante e o Hidrogênio será eliminado do núcleo solar, desta forma não ocorrerá mais à fusão. O gás Hélio já produzido também será consumido e em poucos milhões de anos ficará extinto no núcleo solar, e então acontecerá o fim trágico do sol: ficará reduzido a uma estrela anã, sem brilho e sem vida.

Mesmo se o sol sumisse de repente, seriam necessários alguns dias para começarmos a sentir os efeitos mais drásticos. No primeiro momento ficaríamos no escuro e somente após uma semana a Terra começaria a gelar. Essa suposição está baseada na quantidade de calor já acumulada na crosta Terrestre, falando de uma forma pejorativa, seria uma reserva de energia para “situações de emergência”.

sábado, 4 de julho de 2009

Cheiro do dinheiro




Dinheiro tem cheiro? Para os mais ambiciosos esta é uma pergunta fácil de responder, afinal, eles sentem de longe quando um negócio vai bem, realmente “farejam o dinheiro”.

Mas qual a explicação química para o cheiro que atrai muita gente? É importante não confundir, estamos falando de forma concreta e não no sentido figurado da expressão, pois realmente nossas visadas notinhas possuem sim um cheiro.

Saiba agora que sentir o odor de “dim-dim” não é um atributo só para quem é mais familiarizado com ele, tudo tem explicação científica. O que dá às notas o odor característico tem a ver com o uso frequente das mesmas. À medida que as tocamos, elas sofrem uma reação química decorrente da acidez presente em nosso suor. Como uma nota passa por várias mãos, acaba por adquirir certo cheiro desagradável.

É claro que tudo depende do papel no qual o dinheiro foi impresso. O papel moeda em nosso país é feito com fibras de algodão. Alguns países, como os Estados Unidos, por exemplo, imprimem seu dinheiro em papel à base de 25% de fibras de linho e 75% de fibras de algodão, que por sua vez produz um cheiro diferente.

Situação parecida acontece em moedas, elas possuem em sua composição os metais, Ferro (Fe) e Cobre (Cu), estes, em contato com o suor, são responsáveis pela reação oxidante. Neste caso, a presença dos metais atua com um agravante do odor, é por isso que as moedas envelhecidas produzem um cheiro forte e nada agradável.

Veja uma das equações que representa a oxidação de moedas.

2 Cu + ½ O2 → Cu2O

Fonte.

Alquimia





É derivante da palavra árabe al-khimia que significa química, ou seja, era a praticada na Idade Média. Os alquimistas acreditavam que todos os metais evoluem até se tornar ouro, devido a este pensamento os alquimistas buscavam acelerar este processo em laboratório por meio de experimentos com os quatro elementos (água, fogo, terra e ar).

Além da transmutação dos metais inferiores em ouro e da obtenção do elixir da longa vida, os alquimistas estavam empenhados na descoberta da pedra filosofal, a qual iria desencadear as demais buscas. Os alquimistas eram considerados pessoas de hábitos estranhos.

Apesar de inúmeros esforços os alquimistas nunca conseguiram produzir ouro. Porém através das experiências descobriram substâncias e também inventaram instrumentos que foram muito úteis para a ciência. Atualmente a antroposofia (ciência espiritual), faz analogia entre os princípios alquímicos e as forças básicas atuantes na alma humana.

Fonte.

Café



A maioria das pessoas que toma café diariamente ignora quais são as substâncias que estão presentes no café e pensa que o café contém apenas ou, principalmente, cafeína. Grande engano! O café possui apenas de 1 a 2,5 % de cafeína e diversas outras substâncias em maior quantidade. E estas outras substâncias podem até ser mais importantes do que a cafeína para o organismo humano.

O grão de café (café verde) possui além de uma grande variedade de minerais como potássio (K), magnésio (Mg), cálcio (Ca), sódio (Na), ferro (Fe), manganês (Mn), rubídio (Rb), zinco (Zn), Cobre (Cu), estrôncio (Sr), cromo (Cr), vanádio (V), bário (Ba), níquel (Ni), cobalto (Co), chumbo (Pb), molibdênio (Mo), titânio (Ti) e cádmio (Cd); aminoácidos como alanina, arginina, asparagina, cisteína, ácido glutâmico, glicina, histidina, isoleucina, lisina,metionina, fenilalanina, prolina, serina, treonina, tirosina, valina; lipídeos como triglicerídeos e ácidos graxos livres , açúcares como sucrose, glicose, frutose, arabinose, galactose, maltose e polissacarídeos.

Adicionalmente o café também possui uma vitamina do complexo B, a niacina (vitamina B3 ou vitamina PP de "Pelagra Preventing" do inglês) e, em maior quantidade que todos os demais componentes, os ácidos clorogênicos, na proporção de 7 a 10 %, isto é, 3 a 5 vezes mais que a cafeína. Após a torra, os ácidos clorogênicos formam diversos quinídeos que possuem vários efeitos farmacológicos, como aumento da captação de glicose (efeito antidiabético), ação antagonista opióide (efeito anti-alcoolismo) e inibidora da recaptação da adenosina (efeito benéfico na microcirculação).

Aplicações

Ainda novidade no Brasil, o Governo de Mato Grosso resolveu investir em tecnologia para tentar combater as queimadas criminosas que atingem o Estado neste período de seca. Já está confirmada a compra de 30 toneladas do Licet-f, produto nacional que será utilizado para evitar o avanço do fogo sobre a mata. Segundo o fabricante, o Rio Sagrado Industrial Química Ltda, de Curitiba (PR), o composto químico é biodegradável, atóxico, não é corrosivo e tem a mesma viscosidade e densidade da água, o que facilita a sua aplicação por terra ou ar, e não causa danos ao ser humano e nem ao meio ambiente.

O produto atua diretamente sobre os três componentes do triângulo do fogo, ou seja, sobre o material combustível, no caso a floresta, sobre o calor e sobre o oxigênio. “No contato das chamas com a área de aplicação do produto ocorre uma liberação de gases que dificultam a presença do oxigênio circundante. Isto ocasiona uma redução do calor gerado pela combustão. Após a liberação completa dos gases, permanece sobre a vegetação um residual químico que funciona como um “isolante” térmico, fornecendo ao material combustível resistência contra as chamas”, anuncia o fabricante em seu endereço virtual. “É muito importante ressaltar que todas estas reações ocorrem ao mesmo tempo, por isso o Licet-f é tão eficiente no combate aos incêndios florestais”, completa.

Em Mato Grosso, o superintendente da Defesa Civil, major Aguinaldo Pereira, detalha que o produto possui grandes vantagens em relação aos seus principais concorrentes. Com fabricação nacional, o custo é menor, e por se tratar de um produto sólido, o transporte até pontos próximos às queimadas fica facilitado. Para se combater o fogo é necessário dissolver 250 gramas do composto a cada litro de água.

Conforme a variação da vegetação e do relevo, o químico permite que cada litro evite o avanço da queimada em uma área aproximada de três a quatro hectares. “Nós acreditamos que esta quantidade adquirida, 30 toneladas, será muito importante para evitar que as queimadas saiam do controle. Se houver necessidade, o Estado não descarta aumentar este estoque”, diz.

A aquisição da barreira química contra o avanço do fogo teve respaldo do Corpo de Bombeiros, que testou duas vezes com sucesso o produto em 2008 em áreas da Usina Itamaraty, em Nova Olímpia. Em um dos testes, um avião agrícola pulverizou cerca de 1.400 litros do Licet-f numa faixa de 50 x 10 da lavoura logo após o início de uma queima autorizada e controlada.

Fonte aqui.